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| Assunto: Quase metade da Terra e Marte terá desaparecido durante o nascimento Ter Out 03, 2017 9:53 am | |
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Os embriões da Terra e de Marte eram tão quentes que a sua atmosfera vaporosa – de silício e metais – era constantemente evaporada, fazendo com que os futuros planetas perdessem quase 40% de sua massa, declaram cientistas.
“Antes, sabíamos que o processo de formação dos planetas era muito tempestuoso, e que a Terra e outros planetas possuem uma composição química e isotópica incomparável a asteróides, mas não sabíamos que estas duas coisas estavam ligadas“, explica o cientista Remco Hin, da Universidade de Bristol, no Reino Unido.
“De certo, a colisão dos embriões dos planetas e a sua evaporação no espaço causaram grande impacto na composição da Terra e de Marte”, acrescenta.
Hoje em dia, os cientistas quase não têm dúvidas de que os planetas começam a nascer dentro de discos de gás e poeira, cheios de pequenas partículas de poeira e massas densas de gás, e a sua formação é concluída depois de uma série de colisões entre planetesimais – “embriões” de planetas do tamanho de Vesta ou Ceres – asteróides.
Por outro lado, por enquanto, não temos informação precisa da aparência dos embriões desses planetas e como aconteciam as colisões entre eles. Alguns cientistas creem que planetesimais se pareciam com esferas gigantescas ardentes de magma fundido, outros opinam que se pareciam mais com bolas enormes de sujeira semilíquida.
Estas divergências, nota Hin no artigo publicado na revista Nature, em muitos aspectos estão ligadas ao facto de que até as mais velhas e “limpas” espécies de Marte, Terra e Lua diferem radicalmente da composição química e isotópica da matéria original do Sistema Solar, cujos fragmentos de vez em quando caem na Terra como asteróides.
Por enquanto, os astrónomos não podem explicar estas divergências, o que impede a revelação do segredo sobre a formação da Terra e planetas fora do Sistema Solar.
A equipe de Hin e um grupo de cientistas da Oxford chegaram muito perto de encontrar resposta para esse enigma ao criar a primeira “simulação” computorizada detalhada do Sistema Solar original, que leva em consideração todos os processos físicos possíveis que influenciavam a formação e colisão dos planetas.
Os cálculos revelaram um efeito interessante, nunca antes imaginado. Foi descoberto que os embriões de planetas bastante pequenos, menores do que Marte, teriam uma atmosfera “instável” composta por vapor de silício, sódio, outros metais e substâncias químicas.
Essa atmosfera seria constantemente aquecida pela queda de outros corpos celestes em “embriões” semelhantes, evaporando-se ao espaço incessantemente, pois a gravidade dos planetesimais seria muito fraca para reter um “ar” tão quente perto de sua superfície.
As leis físicas podem ser aplicadas a partir deste momento: quanto menor é a massa de um elemento ou seu isótopo, mais facilmente pode escapar da atmosfera do planeta. Sendo assim, magnésio, silício e outras substâncias bastante leves teriam se evaporado mais ligeiramente da atmosfera dos futuros planetas Terra e Marte.
Astrónomos estimam que ambos os planetas possam ter perdido cerca de 40% da sua massa e tenham sido privados da maior parte das partículas volantes e isótopos leves – magnésio e outros metais – presentes em grande quantidade em asteróides e cometas.
De acordo com os cientistas, planetas fora do Sistema Solar podem estar a ser formados, e as observações da sua formação poderiam ajudar a verificar se a teoria proposta é verdadeira ou não.
//ZAP Por SN - 3 Outubro, 2017
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