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| Assunto: O “lado escaldante” da Lua: amostras com 45 anos surpreendem a NASA Qua Out 11, 2017 5:54 pm | |
| A face oculta da Lua: foto obtida em 1968 pela missão Apollo 8 De acordo com um novo estudo conduzido pela NASA, publicado na revista Earth and Planetary Science Letters, há 3500 milhões de anos a Lua teve uma atmosfera escaldante, relativamente densa, formada a partir de erupções vulcânicas.
Os astrónomos sempre pensaram que a Lua completamente seca. No entanto, de acordo com um estudo publicado na Earth and Planetary Science Letters, há 4,5 mil milhões de anos, o oceano de magma que cobria o então recém-nascido corpo celeste libertou escaldantes vapores de sódio e enxofre – que formaram uma efémera atmosfera lunar.
A descoberta foi possível após uma nova análise de amostras recolhidas na Lua há 45 anos, durante as missões Apollo 15, em 1971, e Apollo 17, em 1972. Os cientistas detectaram nas amostras componentes de diversos gases, entre os quais monóxido de carbono e enxofre.
A superfície do nosso satélite apresenta actualmente uma atmosfera estável e rarefeita. Mas a atmosfera lunar primordial, formada pelos seus vulcões, era muito mais densa, com uma pressão superficial 1,5 vezes maior que a de Marte, por exemplo – ou seja, era 1% da densidade atmosférica da Terra, explica a New Scientist.
Este tipo de atmosfera lunar existiu durante 70 milhões de anos, antes de se ter perdido no espaço. Actualmente, a Lua é considerada uma “rocha” incapaz de qualquer actividade vulcânica. Mas há apenas mil milhões de anos, a sua erupção mais potente poderia libertar até 10 mil milhões de toneladas de gás, além de quilómetros de lava, estima o estudo.
Esta série de erupções teve lugar há cerca de 3750 milhões de anos, quando o “coração” da jovem Lua ainda estava quente.
“Este estudo muda dramaticamente a forma como nos habituámos a ver a Lua: um corpo rochoso sem ar, até um que esteve coberto com uma atmosfera mais dominante do que aquela que hoje rodeia Marte”, diz o co-autor do estudo, David Kring.
ZAP // Sputnik News / New Scientist
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